sábado, 28 de agosto de 2010

Descubra (Des VI)



Com esse jeito Cool meu,
Revelo meus pensamentos novos,
Um pouco retardados,
Mais faz parte.
Com esses sonhos retrógados meus,
Revelo meu mundo perfeito,
Um pouco insano,
Mais faz parte.
Com toda essa dependência minha,
Revelo minhas paixões,
Um pouco ante-recíproca,
Mas faz parte.
Com essa insubstimação minha,
Revelo meus curativos,
Um pouco criativos,
Mais faz parte.
Com todas essas emoções minhas,
Revelo minha inocência,
Um pouco censurada,
Mais faz parte.
Com toda essa ignorância minha,
Revelo minha arrogância,
Um pouco simples,
Mais faz parte.

Faz parte de minhas raízes, e de quem eu sou, venho com um objetivo desde berço. Quero mudar o mundo. Até eu chegar lá, vai ser difícil, mais não e mudando meu jeito que vai deixar a coisa original, eu sou assim, e jamais desistirei.

sábado, 21 de agosto de 2010

Despidos (des V)



A euforia corria nas veias, expressando a vontade de ter o outro, estavam lá, nus, da forma que vieram ao mundo. Sem se importar que alguém os veja. A consciência dava lugar a imaginação. Inocência era uma virtude, atos impensáveis era a meta daqueles dois, os pulmões cheios de ar. A fome do prazer era grande, mas em breve seria saciada. Os amores deixam-lhe assim, abobalhados, sem noção de tempo, limite e espaço. O espaço eram deles, o tempo era uma dimensão artificial, o limite se encontravam nos olhos um do outro. Juntos com a pureza, e o respeito. Sabiam que tinham sangue azul. Pois com inúmeras qualidades não se encontravam na plebe. Um passo a frente e seus lábios se encontraram mar e céu, dando a ilusão de infinito. Não havia perfeição maior, e há quem tente proibir o amor, era uma insanidade, uma estupidez aquilo era divino, pois nessas horas o mundo inteiro fala a mesma língua. Com o mesmo sabor e dali em diante suas vidas se enchiam de graças. Como se tivessem acabados de nascer.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Desnecessário (des IV)



Eu e a solidão estamos juntos,
Até que a morte nos separe.
Em meio de tanta gente,
Ninguém me completa,
Ninguém me contempla,
Ninguém me esquenta.

Noite fria, vida longa.
Amores perdidos,caminhos quebrados.
Números, de faz de conta.
Escarcez de um povo doentio.
Doentio, por estar só.

Nada de exageros,
Ela está ai, nua e crua,
O que você vai fazer?
O que nos vamos fazer?
Só depende de você.

Essas rachaduras são desnecessariamente.
Assim como essas letras, em ordem,
Assim como o mundo,sem ordem,
Você nunca vai concertar.
Nunca vai acabar com a fome no mundo,
Nem com a minha.

Eu sou desnecessário pra você,
Sua arrogância também.