segunda-feira, 22 de abril de 2013

Desvalido (Des IX)


Tão sem jeito,
Desajeitado,
A gente se apega,
Ao jeito que tem.
O jeito errado,
Que seu jeito certo,
Insiste intimidar.
O jeito bom,
Do meu jeito só,
De injusta gente,
Sem calor nos braços.
O mundo cheio de jeitos,
Injuriou-se,
Faz-me acreditar, 
Se seu braço possui calor...
A gente dá um jeito,
De se juntar. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Não entenda

Palinóia acabou. 
Com palinódias chorou.
Outrora amou.
Atazagorafobico ficou.
Grokou. Sambou.
O sentimento deliquou. 
Incerteza proliferou. 
O outro trocou.
Acordou!
Ipseidade retornou.
Ser sempiterno tentou.
Violou. penou.
Acídia matou.
No objetivo chegou.
Negaceou. Negociou. 
Livro. Livrou.
Esfriou! 
Anagapesis restou.


sábado, 22 de dezembro de 2012

Despertador

Despertador está tocando
Para quebrar o silêncio
Que você faz 
E que desperta a dor.


sábado, 8 de dezembro de 2012

Encara Cada Cara





Quando meu egoismo me supera e nossa companhia é só o que me faz bem. Por um sorriso no rosto para os outros não me agrada, estou sorrindo por dentro. A vontade parte de mim, mas se sou eu um monótono, inválido, despercebido, eu despeso sem pensar, mas se sou inesperado, eu agarro. O problema é: o que eu estou sendo? As experiências de outrora me ensinaram, elas servem para isso, e para encher a cabeça de lembranças. Me encheram a cabeça de coisas, pois eu digo: Saiam da cabeça e vão comprar pão, e não ousem entrar no coração. A água gelada, um dia deixou minha pele mais gélida e meu coração mais frio, culpe a água por toda aquela frieza que em mim habitou. Como ser, um ser, um ser vil, um servidor, imagine a beleza da criatura, imagine a inspiração do criador, que diz gostar, porém é um gostar se sentindo gostado, é um gostar que sente só, e o teu gostar mal amado, que deixa a dúvida da certeza do gosto ou desgosto. Quiça, de fato, não seja bom saber, quem não consegue se enganar, não é um ator nato consagrado pela vida, enganarei-me com relação a isso. Fazem apologia da minha vontade, os conceitos embriagados pelo nada, minha ideologia em fase de crescimento, em fase curta. Curtir, sim, curtirei antes que tudo caminhe à uma luta, ou à morte. E se morrer que seja em bando. Singular, lá, bem longe de mim, se for perto, tem que ser plural. 

domingo, 25 de novembro de 2012

Mate

Mate e chimarrão,
Atenção,
As pessoas vão
Tentar
Te dizer
Como fazer.

Mate e água quente,
Que atraente,
As pessoas vão
Tentar
Te descobrir
e encobrir.

Mate e gelo,
Que desejo,
As pessoas vão
Tentar
Se importar
Com o que és.

Mate sem açúcar,
Que aventura,
As pessoas vão
Tentar
Complicar
A sua vida.

Mate por amor,
Uma a uma,
As pessoas vão
Tentar
Se arrepender
Mas vai ser tarde.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A sorte sorriu com maldade,
Me amou sem idade, 
Que se permita amar. 

Novembro é doce, há três eras,
O passado que foi, já era,
Mandou beijos pelo ar. 

Intrínseca liberdade, 
Que foi e voltou, piedade,
Feito ondas no mar. 

Dona Maria já é tarde,
O seu lugar está guardado, 
Para outra pessoa má.

Teus sonhos são verdade,
Me ame só pela metade
e a outra tente não amar. 

domingo, 2 de setembro de 2012

Renascendo


O mundo inteiro rejuvenescendo. 
E eu renascendo velho, 
Com bons gostos e boa memória,
E sem experiência por conta da idade. 

Regozijando a vida.
Impaciência também têm limites.
Sentindo a fé mais forte que nunca,
Sem perder o dom de duvidar.

Reconsiderando certezas.
Deixando a lua levar o ser mau,
E o sol, brilhando à tristeza,
Que acabou, ficou para trás. 

Reorganizando o foco,
Horários e prioridades.
Estando bem pra si,
Pra só então fazer alguém feliz. 


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Haraquiri


Um sonho morreu, mais um; 

Morreu de decepção.
Sofreu só. 
Preso no próprio pensamento,
Como quem paga um preço pela liberdade.
Morreu de cansaço. 
Sofreu só. 
Esperar é um dom, 
Ou quem sabe um pecado. 
 Morreu de carência.
Sofreu só. 
A decadência que se alastrou com as décadas, 
Se fez vulgo até morrer.
Morreu de vontade.
Sofreu só.
Querendo encontrar alguém para compartilhar,
Um sentimento de maldade. 

Um sonho morreu, mais um.
Um sonho morreu e o sonhador também. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nomenclatura


De longe me vêm,
Coisas que eu não precisava.
E me querem bem, querer.  
Mas bem não me tratam.
Perto aqui,
Coisas que eu necessito.
Bem me quer, mal me quer.
Faço as contas do prejuízo.
De dentro de mim,
Somente a imaginação.
Ela me usa, sim.
Enquanto você me diz não.
Pra longe eu vou,
Porque o perto não me convém.
De longe veio fácil e machucou.  
Retribui com a duvida do bem. 
O mundo gira quando as certezas mudam.
Nada é pra sempre, nem mesmo a visão.
Morremos todos iguais, na dor.
De não termos um coração que ame.
Cegou, até o ponto cego passou a ser visto.
Nada se esconde.
Os nós enfim estão soltos, livres.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Humildade é coisa grande


Maior que o avião, a borboleta, que voa com sutileza.
Maior que o furacão, o carrossel, que gira e traz sorrisos.
Maior que a televisão, o por do sol, que não luta por audiência.
Maior que o futebol, o xadrez, que exercita a mente.
Maior que a bomba atômica, o amor, que mata mais lentamente.
Maior que o sexo, o sorvete, que não precisa ser censurado.
Maior que o mar, o copo d'água, que mata a sede.
Maior que a nuvem, a imaginação, que faz dela o que quiser.
Maior que o caminho, a vontade de andar, que é o que nos leva pra frente.