sábado, 21 de agosto de 2010

Despidos (des V)



A euforia corria nas veias, expressando a vontade de ter o outro, estavam lá, nus, da forma que vieram ao mundo. Sem se importar que alguém os veja. A consciência dava lugar a imaginação. Inocência era uma virtude, atos impensáveis era a meta daqueles dois, os pulmões cheios de ar. A fome do prazer era grande, mas em breve seria saciada. Os amores deixam-lhe assim, abobalhados, sem noção de tempo, limite e espaço. O espaço eram deles, o tempo era uma dimensão artificial, o limite se encontravam nos olhos um do outro. Juntos com a pureza, e o respeito. Sabiam que tinham sangue azul. Pois com inúmeras qualidades não se encontravam na plebe. Um passo a frente e seus lábios se encontraram mar e céu, dando a ilusão de infinito. Não havia perfeição maior, e há quem tente proibir o amor, era uma insanidade, uma estupidez aquilo era divino, pois nessas horas o mundo inteiro fala a mesma língua. Com o mesmo sabor e dali em diante suas vidas se enchiam de graças. Como se tivessem acabados de nascer.

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