terça-feira, 3 de agosto de 2010

Desnecessário (des IV)



Eu e a solidão estamos juntos,
Até que a morte nos separe.
Em meio de tanta gente,
Ninguém me completa,
Ninguém me contempla,
Ninguém me esquenta.

Noite fria, vida longa.
Amores perdidos,caminhos quebrados.
Números, de faz de conta.
Escarcez de um povo doentio.
Doentio, por estar só.

Nada de exageros,
Ela está ai, nua e crua,
O que você vai fazer?
O que nos vamos fazer?
Só depende de você.

Essas rachaduras são desnecessariamente.
Assim como essas letras, em ordem,
Assim como o mundo,sem ordem,
Você nunca vai concertar.
Nunca vai acabar com a fome no mundo,
Nem com a minha.

Eu sou desnecessário pra você,
Sua arrogância também.

Nenhum comentário: