quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quando eu crescer



Quem vai dizer que papai noel não existe?
Quem vai brincar comigo de fazer cabana com os lençóis?
Quem vai zoar comigo nas festas do pijama?
Quem vai fazer espuma com sabão?

Quem vai me dizer que monstros existem?
Quem vai dirigir comigo carros imaginários?
Quem vai querer se lambuzar com sorvetes?
Quem vai falar a verdade?

Quem vai esperar comigo Sininho e o Petter Pan?
Quem vai ajudar os cavaleiros a encontra saída?
Quem vai conversar com meus amigos imaginários?
Quem vai assistir Tom e Jerry?

Quem vai cantar "atirei o pau no gato"?
Quem vai brincar de roda, ou jogar futebol no campinho?
Quem vai contar onde os outros estão escondidos?
Quem vai ralar os joelhos com as quedas?

Quem vai chorar para não tomar remédio?
Quem vai ser inocente durante as décadas?
Quem vai fazer xixi nas calças?
Quem vai fazer birra no dever de casa?

Quem vai jogar cartas ao vento?
Quem vai acreditar nas minhas mentiras?
Quem vai acreditar na policia?
Quem vai acreditar na humanidade?

Poetisa e Louca assistente:  Luzia Cilene.

Inquieto



Tá tudo muito parado,
Tá todo mundo calado.
Não tá nada andando sério,
Os ventos não sopram perto.

Não tá dando mais,
As caras, são caras.
As coisas apavoram.
A decência sumiu.
A demência incomoda.

Sem amores fixo.
Sem um ponto fixo.
Eu estou perdendo a essência.
Coisa que eu não quero.
Não sei se é o cansaço.
Ou todo esse clero.
Meus planos que me apego.

Sem aquele pra falar o que sente.
Sem aquele pra escutar o que penso.
No fundo. só eu.
Sem motivo. só vivo.
Na imaginação que me cansa.
Na solidão que me apavora.